POESIA NA VARANDA
Edvaldo Rosa
A
noite dorme profundo dentro de teus olhos negros,
A menina de meus olhos
brinca com o brilho de estrelas,
Nos fios finos de teus cabelos...
- Que
uma brisa fria revolve alheia aos meus dedos!
Tua
boca murmura desejos e medos,
- Enquanto teu corpo pulsa ante meus afagos,
Colada em minhas orelhas, entre mordidas e beijos...
Teu
olhar fixa-se ao meu, e no corredor adentro,
- Teme que venham quebrar a
magia do momento!
Tudo e todo o tempo parecem se paralisar,
Na
varanda, plena de poesia e encantamento
Não
existem passos...
E nossos atos estão sob câmera lenta,
Enquanto nossos
sentidos
ora se revolvem, ora se pacientam,
Já ao longe só o canto
da passarada
E o farfalhar da mata pelo caminhar do vento...
Enquanto a
noite corre, lenta!
Edvaldo Rosa